O idealismo puro é aquele estado romântico de quem acredita que a realidade pode ser moldada apenas com ideias brilhantes e boa vontade – como se o mundo fosse um grande quadro em branco esperando um “gênio incompreendido” para preenchê-lo. No fundo, é uma forma elegante de procrastinar a ação.
O idealista puro enxerga a perfeição como um objetivo absoluto, ignora a necessidade de adaptabilidade e acaba paralisado pela própria busca do inalcançável. É o sujeito que critica os erros do mundo, mas nunca sai da fase dos planos porque “o timing ainda não é perfeito” ou “o cenário não está ideal”.
Na prática, o idealismo puro é como querer correr uma maratona usando pantufas porque “a visão é o que realmente importa”. A realidade – essa criatura teimosa – exige pragmatismo, imperfeição e ação. Grandes ideias só se tornam grandes realizações quando enfrentam o atrito do mundo real.
Como diria a máxima popular dos gestores de elite:
Melhor o feito do que perfeito.
Então, guarde o idealismo para guiar suas decisões, mas coloque as mãos na massa antes que suas grandes ideias se tornem apenas histórias que você nunca viveu.